domingo, dezembro 11, 2005

...das mãos à lua.

Das mãos à lua
exportas
o pássaro alado da tua voz.

Tão alado como a fome
que te escapa dos dedos
ou a palavra imprecisa
de que se fazem as gentes.

Das mãos à lua
a origem selenita
dos teus versos
que estão no ritmo do coração.

Das mãos à lua
esta noite indecifrada
com teu sangue
em que moldas a tua madrugada.