terça-feira, maio 30, 2006

O amor

O amor? - o amor ninguém o definiu
é sempre o mesmo, acaba onde começa.
quem mais o sente menos o confessa
e quem melhor o diz... nunca o sentiu.

Conhece a todos, mas ninguém o viu.
Se o procuramos, foge-nos depressa,
se o desprezamos, todo se interessa,
só está presente quando já fugiu.

É homem feito, sendo uma criança
quanto mais se quer, menos se alcança
ninguém o encontrou e em toda a parte mora

Mata a quem dele vive, é sempre assim.
Só principia quando chega ao fim
morreu há muito e nasce a cada hora.

1972

quinta-feira, maio 11, 2006

Os meus poemas

São apenas frases formadas por palavras em folhas brancas, um branco malhado de negro.
Palavras escritas no meu silêncio de gritos... incertos
São poemas, são versos, são rimas e palavras e frases ditas com tudo por dizer.
----malhas negras que mancham o branco das folhas.

Coisas sem importância... apenas poemas!
Poemas escritos em folhas de papel vulgar, sem ninguém para os ler
(nem para os criticar)

Estas folhas que ainda hoje me queimam a lembrança de um passado recente.
(a chama da minha consciência)
Apenas poemas, sem mais nada!
1968